Morenão no final de sua construção.
O Curso de Engenharia Civil da então Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT) foi autorizado a funcionar pela Resolução n.º 28, do Conselho Estadual de Educação, de 4 de abril de 1970, tendo iniciado as suas atividades no 2º semestre daquele ano, constituindo-se no primeiro dos cursos da área tecnológica.
O pedido de reconhecimento foi enviado ao Conselho Federal de Educação, em 1975, tendo sido concedido através do Decreto n.º 78.889, de 6 de dezembro 1976, publicado no DOU, de 7 de dezembro de 1976. Nessa ocasião o Curso oferecia 278 créditos distribuídos em 4.170 horas aula, e é, desde então, oferecido nos períodos matutino e vespertino.
Em 1979, a UEMT passou a denominar–se Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e o Curso foi lotado no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET). A partir de maio de 2013, com a criação da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), o Curso passou a integrar essa Faculdade.
Em 2010, por meio da Resolução n.° 73, de 29 de setembro de 2010, o Conselho Universitário aprovou a criação e implantação do Curso de Engenharia Civil – vespertino e noturno, que foi oferecido a partir do primeiro período letivo de 2011. O Curso foi reconhecido por meio da Portaria n.° 305, de 16 de abril de 2015.
Em 50 anos de existência, o Curso matutino e vespertino já formou cerca de 1510 engenheiros civis, e o Curso vespertino e noturno, em 6 anos de existência, já formou 28 engenheiros civis.
Os acadêmicos do Curso matutino/vespertino participaram da Avaliação do Exame Nacional de Cursos (ENC), e da Avaliação do Exame de Desempenho de Estudantes (Enade), obtendo as notas apresentadas a seguir.
ENC: 1996 – A ; 1997 – A ; 1998 – B ; 1999 – B; 2000 – B; 2001 – B; 2002 – B; 2003 – A
Enade: 2005 – 4; 2008 – 5; 2011 – 4; 2014 – 4; 2017 – 4; 2019 – 5
Com o resultado do Enade 2019, o curso matutino/vespertino se coloca como o melhor Curso de Engenharia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul, o segundo melhor curso do Centro-Oeste, o 35º do ranking nacional e o 28º dentre as universidades federais. Os acadêmicos do Curso vespertino e noturno participaram do Enade 2017 e 2019 obtendo conceito 4 em ambos os anos. Com o resultado do Enade 2019, o curso matutino/vespertino se coloca como o segundo melhor curso de Engenharia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul, o sétimo melhor curso do Centro-Oeste, o 70º do ranking nacional e o 55º dentre as universidades federais.
O Curso vespertino e noturno recebeu Comissão de Avaliação Externa para Reconhecimento de Curso em 2015, obtendo como resultado o conceito 4. Em 2019, recebeu Comissão de Avaliação Externa para Renovação de Reconhecimento de Curso, recebendo novamente conceito 4. Devido ao progresso científico e tecnológico e as exigências do desenvolvimento regional, desde a criação do Curso, ocorreram diversas revisões da estrutura curricular. Desde então, professores ligados à área têm sido contratados e os diversos laboratórios foram implantados e modernizados: laboratórios de ensino para hidráulica, saneamento, mecânica dos solos, transportes, materiais de construção civil e estruturas, atendendo também às solicitações de pesquisa.
Atualmente, o Curso de Engenharia Civil conta com 77 professores, sendo 65 doutores em tempo integral, um doutor em tempo parcial, 11 mestres em tempo integral, 4 mestres em tempo parcial e um especialista em tempo parcial, totalizando 85% de doutores, 15% de mestres e 93% dos docentes em tempo integral.
Com a política de capacitação docente da UFMS, desde os anos iniciais do curso, professores já se afastavam para a pós-graduação. No retorno dos primeiros afastados, foram oferecidos alguns cursos de pós-graduação, em convênio com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o CNPq e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Primeiramente, foram criados os cursos de pós-graduação lato sensu, em caráter temporário: Especialização em Engenharia Sanitária (1996-1998); Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho (1990-1991 e 1998-2000); Especialização em Engenharia de Saneamento Ambiental (1999-2000); Especialização em Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos (2002-2003); Especialização em Qualidade da Água (2002-2003); Especialização em Construção Civil (1999-2000); Especialização em Gestão de Recursos Hídricos (2002-2004) e Especialização em Segurança do Trabalho (2003–2005).
Em 1999, foi criado o primeiro Programa de Pós-graduação stricto sensu: o Mestrado em Construção Civil em convênio com a UFSC. Ainda em 1999, foi criado o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais (PGTA). Em 2001, foi credenciado na Capes/MEC o Curso de Mestrado em Tecnologias Ambientais (Portaria n.° 1741, de 8 de agosto de 2001 – DOU no 152 de 09/08/2001). Em outubro de 2009, o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES/Capes) recomendou o Curso de Doutorado em Tecnologias Ambientais para o PGTA, que foi implementado em março de 2010.
Em 2012, foi criado o Mestrado Profissional em Eficiência Energética e Sustentabilidade, que tem interação com outras engenharias, arquitetura, engenharias e física. Em 2014, motivada pela Resolução n.º 269, Coeg, de 1° de agosto de 2013, da UFMS, reformulou-se o projeto pedagógico, mantendo o atendimento às exigências da Resolução n.° 11, CNE/CES, de 11 de Março de 2002 e do Parecer n.° 1.362, CNE/CES, de 12 de Dezembro de 2001. A nova estrutura contemplou também as sugestões encaminhadas pelos docentes do Curso e dos diversos Institutos e Faculdades da UFMS, que ministram disciplinas no Curso.
A Resolução n.º 269/2013, Coeg, modificou a duração da hora-aula em cursos presenciais, que passou a ser de sessenta minutos, exigindo a adequação da matriz curricular que estava baseada em horas-aula de cinquenta minutos.
O Colegiado do Curso de Engenharia Civil, em conjunto com o Núcleo Docente Estruturante (NDE), realizou o estudo da nova matriz, aproveitando para fazer alterações que proporcionassem a melhoria de qualidade do Curso e a adequação ao perfil do egresso desejado que vem evoluindo com a evolução tecnológica do mercado de trabalho. Esse estudo compreendeu ajustes na lotação das disciplinas nas Faculdades e Institutos recém-criados; alteração no semestre de oferecimento de algumas disciplinas; introdução de novas disciplinas; alteração de carga horária e ementa de algumas disciplinas para melhor formação do egresso, ou também para tornarem-se similares às de outros cursos da FAENG e assim facilitar a oferta para alunos reprovados; introdução de novas disciplinas optativas pertencentes a outros cursos para ampliar as opções de escolha dos alunos. Além disso, o Colegiado procedeu alterações nas normas de Trabalho de Conclusão de
Curso, Estágio e de Atividades Complementares.
Em 2017 e 2018, com a migração do Projeto Pedagógico para o sistema on-line da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o Colegiado do Curso de Engenharia Civil, em conjunto com o Núcleo Docente Estruturante (NDE), realizou as adequações necessárias para o atendimento das legislações que tratam dos Direitos Humanos, da Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 9394/96) e da Educação Ambiental (Lei nº 9795/99 e Decreto nº 4281/02). Foram também revistas e realizadas as adequações na locação das disciplinas nos eixos dos conteúdos Básicos, Profissionalizantes e Específicos.
Em 2020, houve nova revisão do Projeto Pedagógico do Curso em atendimento às novas diretrizes curriculares das Engenharias definidas pela Resolução nº 2 de 24 de abril de 2019 CNE/MEC.